Você está lutando para conseguir o Pembrolizumabe (Keytruda) pelo plano de saúde no tratamento do câncer de colo de útero?
O câncer de colo de útero é uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres. A luta contra essa doença pode ser desgastante, tanto física quanto emocionalmente. Além disso, enfrentar dificuldades para obter tratamentos eficazes, como o Pembrolizumabe (Keytruda), pelo plano de saúde, pode tornar essa jornada ainda mais desafiadora. Muitos pacientes encontram obstáculos ao buscar a cobertura deste medicamento, que tem demonstrado eficácia significativa no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de colo de útero.
O que é o Pembrolizumabe (Keytruda)?
O Pembrolizumabe, conhecido comercialmente como Keytruda, é um tipo de imunoterapia que potencializa o sistema imunológico para detectar e combater células cancerígenas. Ao inibir uma proteína chamada PD-1, o Pembrolizumabe permite que as células T do sistema imunológico ataquem as células cancerígenas de maneira mais eficiente. No caso do câncer de colo de útero, este medicamento tem mostrado resultados promissores, especialmente em casos avançados ou recorrentes.
Desafios na obtenção do Pembrolizumabe pelo plano de saúde
As negativas de cobertura do Pembrolizumabe pelos planos de saúde podem ocorrer por diversos motivos, incluindo:
1. Diretrizes restritivas: Alguns planos possuem critérios muito específicos para a cobertura de determinados tratamentos, baseados em protocolos internos que podem não contemplar todas as indicações aprovadas do Pembrolizumabe.
2. Custos elevados: O Keytruda é um medicamento de alto custo, o que leva muitas operadoras a recusarem a cobertura para reduzir despesas.
3. Falta de reconhecimento de novas indicações: Alguns planos de saúde podem não atualizar suas diretrizes com a mesma rapidez que novas indicações terapêuticas são aprovadas.
Como agir em caso de negativa?
Se você recebeu uma negativa do plano de saúde para a cobertura do Pembrolizumabe, é importante seguir alguns passos para contestar essa decisão:
🔹 Obtenha a negativa por escrito: Solicite que a operadora forneça a justificativa detalhada da negativa por escrito. Isso é crucial para entender os motivos alegados e preparar sua contestação.
🔹Consulte um especialista: Procure um advogado especializado em direito da saúde. Este profissional poderá orientá-lo sobre os melhores caminhos legais para reverter a negativa.
🔹 Reúna documentos e evidências: Colete todos os laudos médicos, prescrições e estudos que comprovem a necessidade do Pembrolizumabe para o seu tratamento. Esses documentos são essenciais para fundamentar seu pedido.
🔹Ação judicial: Se a contestação administrativa não for bem-sucedida, pode ser necessário ingressar com uma ação judicial. Muitas vezes, a Justiça concede liminares que obrigam os planos de saúde a fornecerem o medicamento de forma imediata.
Direitos do paciente
É fundamental saber que os pacientes têm direitos garantidos por lei. O Código de Defesa do Consumidor e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) são aliados na defesa dos consumidores de planos de saúde. O direito à saúde é essencial e deve ser respeitado, especialmente em casos de doenças graves como o câncer de colo de útero.
Conclusão
Lutar pela cobertura de tratamentos como o Pembrolizumabe pode ser desafiador, mas é uma batalha necessária. O acesso a medicamentos inovadores pode significar uma diferença crucial na qualidade de vida e nas chances de recuperação. Não desista de buscar o tratamento que você merece. Conte com o apoio de profissionais especializados e lute pelos seus direitos.
Se você está enfrentando dificuldades para obter a cobertura do Pembrolizumabe ou qualquer outro tratamento negado pelo plano de saúde, não hesite em procurar ajuda especializada. Envie uma mensagem no botão do WhatsApp e descubra como podemos ajudá-lo a garantir o seu direito à saúde.
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Artigo escrito por: Cristiana Caldeira Brant Oliveira Duarte, OAB/MG 137.592 – sócia do escritório Oliveira e Brant, advogada especialista em ações contra planos de saúde e contra o SUS.